O QUE É FEMINISMO NEGRO?


   Boa Tarde galera!!

   Hoje vim falar de um assunto que não é muito falado. Vou falar sobre o Feminismo Negro.
   O Feminismo Negro é diferente do Feminismo Branco. A mulher branca luta para ter os mesmos direitos do que os homens na sociedade. Já a mulher negra luta para ter os mesmos direitos da mulher branca na sociedade.
   A mulher negra que trabalha no mesmo cargo que a mulher branca, ganha menos que a mulher branca. Aqui está um resumo sobre o Feminismo Negro.

  feminismo negro é a designação utilizada para nomear o movimento de mulheres atuantes tanto na esfera da discussão de gênero quanto na luta anti-racista. Trata-se de um movimento político e teórico que visa a mudança social e compreende que sexismo, a opressão de classes, a identidade de gênero e o racismo estão ligados.

   A forma como estes se relacionam entre si é chamada de intersecionalidade. O termo Intersecionalidade foi cunhado pela pela jurista Kimberle Crenshaw em 1989. Em seu trabalho, Crenshaw define interseccionalidade como a interação entre diferentes formas de opressão. A autora analisa as consequências materiais e simbólicas que atingem os grupos que estão na encruzilhada de diferentes marcadores e o modo como ações e políticas específicas operam conjuntamente na criação de vulnerabilidades. Dessa forma, a experiência de ser uma mulher negra não pode ser entendida em termos de ser negro e de ser uma mulher, separadamente, mas deve incluir as interações, que freqüentemente se reforçam mutuamente. O feminismo em seu núcleo é um movimento para abolir as desigualdades que as mulheres enfrentam. O Coletivo Combahee River argumentou em 1974 que a libertação das mulheres negras implica a liberdade de todas as pessoas, uma vez que exigiria o fim do racismo, do sexismo e da opressão de classe.

   

Principais referências do Feminismo Negro

Algumas das principais militantes e teóricas do Feminismo Negro internacional são: Angela Davisbell hooksKimberlé Williams Crenshaw, Patricia Hill Collins, Audre Lorde.
O feminismo negro se popularizou e hoje grandes referências midiáticas como Beyoncé e a escritora Chimamanda Ngozi Adichie têm incentivado a discussão acerca da condição da mulher negra no mundo.


Brasil

"Enegrecendo o feminismo é a expressão que vimos utilizando para designar a trajetória das mulheres negras no interior do movimento feminista brasileiro. Buscamos assinalar, com ela, a identidade branca e ocidental da formulação clássica feminista, de um lado; e, de outro, revelar a insuficiência teórica e prática política para integrar as diferentes expressões do feminismo construídas em sociedades multirraciais e pluriculturais” (CARNEIRO, 2003: 118).
A história da organização das mulheres negras em defesa de seus interesses começa no século XIX com a criação de associações e irmandades e durante o século XX com a criação de organizações desde 1950, o ano em que o Conselho Nacional de Mulheres Negrasfoi fundado no Rio de Janeiro.
O Feminismo Negro surgiu no Brasil no final da década de 1970, a partir do processo de abertura política que permitiu a reorganização de movimentos sociais como o sindicalista, o estudantil e o movimento negro.
Nas primeiras décadas do século XX as associações negras compreendiam a discriminação como um fenômeno que afetava a homens e mulheres na mesma medida. Nesse aspecto o Feminismo Negro foi fundamental ao trazer para o centro das discussões raciais a discriminação de gênero.
Gradativamente as mulheres ampliaram sua participação dentro das associações negras, passando a ocupar cargos de liderança e protagonizando discussões que entrecruzavam as questões raciais e de gênero, conquistando dessa forma, o reconhecimento das especificidades da condição feminina negra.
No interior das organizações feministas, as mulheres negras também enfrentaram dificuldades no entendimento de que a questão racial marca a experiência social de mulheres negras de forma diferente de mulheres brancas.
Compreendo as limitações de mobilização dentro das organizações feministas e negras tradicionais, as mulheres negras decidiram criar grupos independentes, nos quais poderiam protagonizar a luta anti-racista associada a de gênero dando origem aos primeiros Coletivos de Mulheres Negras na década de 1980. Desde então, os coletivos se multiplicaram e ampliaram suas frentes de ação.

Feminismo negro na internet

O blog tem sido a principal ferramenta de discussão utilizada pelos feminismos em atuação na web. Isso se deve a facilidade de manuseio dessa ferramenta, que facilitou a criação e consolidação de redes entre coletivos e organizações feministas. Blogs como Blogueiras FeministasBlogueiras NegrasTransfeminismoQue nega é essa?Não me Khalo e Escreva Lola Escreva, juntamente com as redes sociais e a descentralização da produção de conteúdos promovida pela Web 2.0 abriram caminho para que as feministas negras criassem uma ruptura com o racismo epistêmico e a ausência de representações positivas de negros e negras na mídia. Multiplicam-se na rede textos, imagens e tutoriais que valorizam a estética negra através, por exemplo, do incentivo ao abandono do alisamento dos cabelos e o uso do cabelo natural, bem como dicas de produtos de maquiagem para peles negras, vestuário que tem inspiração na cultura africana e afro-brasileira e o surgimento e ampliação de espaços de lazer e cultura voltados especificamente para a juventude negra.
As ciberativistas negras vem também conseguindo, por meio das plataformas digitais, que a grande mídia dê maior atenção às questões raciais e de gênero.

   Isso é FEMINISMO NEGRO. Em cada 23 minutos no Brasil, morrem 10 pessoas, 7 são negros. E sabe porque eles morrem? RACISMO.
  Depois do continente africano, o Brasil é o segundo país com 52% da população é negra, mas as pessoas negras não tem muita oportunidade.
  Veja esse poema da Victoria Santa Cruz.
  Espero que vcs tenham gostato da postagem de hoje.
  #FEMINISMONEGRO #NALUTAPORDIREITOS
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